Saturday, February 24, 2007

De que se faz um pastor?


Nestes dias estive presente em ordenações de três novos pastores e em uma delas, tive o privilégio de trazer a mensagem principal, da qual extrai algumas frases, a pretexto da signficativa, crescente e lastimável perda de credibilidade e de respeitabilidade dos ministros religiosos aos olhos da sociedade, especialmente no Brasil.

Ninguém faz um pastor.
Nem seminário, nem presbitério, nem igreja.
A matéria prima de quem é chamado para ser pastor só está disponível no céu. É inalcançável a mãos humanas e a estruturas terrenas.
O pastor é formado da firme convicção de um chamado soberano e irrecusável da parte do Senhor da Seara.
O pastor é formado da constatação que podendo ser qualquer coisa não consegue ser outra coisa senão pastor.
O pastor é formado do sentimento que apesar dele mesmo, não há experiência mais satisfatória e gloriosa do que ser instrumento de Deus.
O pastor é formado do desejo intenso de ver projeto deformado de gente se transformando em realidade restaurada de gente à imagem de Deus.
O pastor é formado da renúncia de sonhos e ambições pessoais trocados voluntariamente pelo alvo maior e melhor de ser embaixador do Reino de Deus.
O pastor é formado da alegria dos sorrisos do rebanho em pastos verdejantes e águas cristalinas e das lágrimas tristes da ovelha em luta no vale da sombra da morte.
O pastor é formado da esperança de receber a recompensa um dia no céu: “Servo bom e fiel! Foste fiel no pouco sobre o muito te colocarei”.
Não quero ser pessimista, mas a realidade mostra que, à medida que o tempo passa e os dias se tornam cada vez mais difíceis, este pastor segundo o coração de Deus se torna espécie em extinção.
Contudo, podemos presenciar que um remanescente fiel ainda nos faz sentir prazer de sermos reconhecidos como ministros da Palavra.

Censura, o tema proibido


Na última Veja (21-02-2007)fui surpreendido com a matéria "Nada a ver com censura" na secção Sociedade que trata das novas regaras de classificação etária da programação das redes abertas de televisão.
Para o grande público, nada muda porque nada mudou. Alguém ouviu o Jornal Nacional, ou da Recorde, SBT, Band noticiar as mudanças? Vale um docinho para quem viu ou ouviu tal noticia que em nada interessa à grande mídia.
É preciso que a revista Veja - que também não é tão ingênua assim de publicar o que não lhe interessa - publique em uma reles página que a portria 264 do Ministério da Justiça instituiu "procedimentos que tornam mais difícil para as redes de TV protelar uma eventual reclassificação de seus programas para horários mais avançados", além de "respeitar os diversos fusos horários do país", entre outras coisitas.
O mais surpreendente, porém, é que a matéria tenha um tom positivo e não patrulhesco, que caracteriza os procedimentos dos meios de comunicação quando tratam de censura, este abjeto e insustentável meio imoral de controle social.
É que tudo que cheire, pareça, lembre, mesmo que remotamente, qualquer idéia de censura é logo rechaçado, patrulhado, bombardeado... enfim, sepultado definitivamente, mesmo que a ação seja simplesmente responsabilizar quem detém uma concessão pública pelo mal social que os seus produtos possam provocar, o que de resto é função do Estado detentor do direito de concessão.
Na matéria, a revista chama de "argumento cínico" a condenação das antigas e muito mais, das novas regras como sendo um atentado à liberdade de expressão e "um flerte com a censura".
De maneira precisa, a revista responsabiliza aos pais a proteção das crianças, principais alvos da má qualidade da nossa programação televisa e neste ponto, está certa. Nem o Estado, nem os meios de comunicação, muito menos ONGS, igrejas ou qualquer outra entidade ou grupo substitui o zelo parental na responsabilidade de criar os filhos saudáveis, conscientes e capazes de contribuir como cidadãos.
Para quem não sabe, isto é preceito bíblico preconizado nestes termos: "Tu as inculcarás - referindo ao ensino dos pais aos filhos - a teus filhos, e deles falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-se, e ao levantar-se" (Deuteronômio 6:7)
Mas, para aqueles que não crêem na Bíblia como Palavra de Deus, nada mais sensato do que curvar-se diante das evidências de inúmeros estudos que demonstram ser a influência dos pais ou das figuras paternas de um modo geral, o fator mais preponderante na formação da personalidade e do caráter da criança, especialmente nos seus primeiros anos.
A revista sugere que "o ideal seria que as próprias redes encontrassem uma forma de controlar seu conteúdo", o que soa como uma grande ingenuidade, visto que todo mundo sabe, que é sexo e violência os principais fermentos do bolo da audiência. Está aí a novela Vidas Opostas da Rede Record ligada à "igreja" universal do reino de Deus como prova inconteste. Inclusive na mesma edição outro análise - agora de duas páginas, sugestivo, não!? - trata desta matéria-prima televisiva.
O paradoxal é ver roteiristas de novelas, teóricos da comunicação e artistas esgrimando o argumento de que a TV forma opinião, quando é o caso de iniciativas que lhes interessam, e contraditoriamente, dizendo o oposto quando lhes é imposta a acusação de que cenas de sexo e de violência "apenas retratam a realidade".
Ah! Sim! Me engana que eu gosto. Quanto cinismo. E depois vão fazer passeata pela paz e reclamar da prostituição infantil

Friday, February 23, 2007

O veneno da fama



Britney, de novo ela. A princesinha do pop teve mais um surto. Desta vez, a cantora ganhou as manchetes dos jornais do mundo inteiro nesta quinta-feira, 22, ao aparecer quebrando o carro de um paparazzo com a ajuda de um guarda-chuva, em uma imagem perturbadora.

O registro foi feito logo após Britney ter sido barrada na porta da casa do ex-marido, Kevin Federline, em San Fernando Valley. Cerca de 40 minutos depois, Lynn, sua mãe, apareceu para resgatá-la e a conduziu de volta à clínica de reabilitação Promisses, de onde a cantora havia saído pela manhã.

Segundo testemunhas, Britney esperneava para que Federline lhe abrisse o portão, pois queria discutir a guarda dos filhos. Mas foi ignorada."Quero os meus filhos de volta", teria berrado a cantora do lado de fora da casa.

Pela primeira vez, o pai de Britney, Jamie Spears, falou sobre o caso, ao jornal britânico "Daily Mirror".

"Temos uma filha doente. Estamos tentando cuidar dela", admitiu ele. Segundo o tablóide americano “National Enquirer”, a cantora teria, inclusive, tentado suicídio duas vezes esta semana.


Eu morava nos Estados Unidos quando Britney Spears começou a fazer sucesso. Coincidentemente aquela época também marcou o início do declínio de Michael Jackson. O que eles têm em comum? O veneno da fama!

Fico imaginando o que milhares de adolescentes estão buscando e o que realmente vão encontar quando no afã de virarem celebridades se prostituem em sites pornográficos, em big brothers. Entregam-se à ilusão das passarelas. Sobrevivem nos círculos do poder.

Todo este desejo de significado e valor só podem ser encontrados dentro deles, isto é, na imagem e semelhança que o Criador lhes imprimiu.

É uma grande pena e uma não menor lição

666 na Costa Rica


Seguidores de "Jesus Cristo porto-riquenho" tatuam o número 666
da Folha Online

Dezenas de seguidores do porto-riquenho José Luis de Jesús Miranda, que se diz "Jesus Cristo feito homem", tatuaram nesta quinta (22) o número 666, seguindo as ordens de seu líder religioso. Alguns fiéis consultados pela imprensa disseram que o número "não tem nada de satânico", como diz a doutrina cristã.

A associação do número 666 está presente na Bíblia, no capítulo 13 do livro do Apocalipse ("Aqui há sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da Besta, porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis"), e tornou-se famosa com o filme de terror "A Profecia" (1976), em que o personagem Damien, enviado do demônio, leva os números como um sinal de nascença na cabeça.


A novidade não é que apareçam essas figurinhas já carimbadas desde os tempos de Jesus quando nos preveniu sobre falsos profetas e falsos cristos. Nem tampouco que apareça gente ludibriada por esses espertalhões.

A novidade mesmo é que notícias sensacionalistas como essa ocupem primeira página de um jornal respeitável com a Folha de São Paulo, enquanto muitos fatos importantes vivenciados pela fé e atuação de grupos cristãos genuínos e relevantes para a sociedade não mereçam mais do que algumas poucas linhas, quando muito.

2007 começou!!!

Depois de um longo e tenebroso inverno... Acho melhor dizer, depois de um longo e ensolarado verão, voltei no primeiro dia do ano de 2007, porque aquela historinha de que o ano depois do carnaval nunca foi tão verdadeira...
Bem, as férias acabaram, o feriadão de carnaval também e assim voltamos àquela querida rotina diária. Querida!? Fala sério! Rotina só é querida quando se tem um senso de propósito, não é verdade?
Mas, enfim, estou de volta com muito gás para escrever umas mal traçadas linhas - como se dizia nas missivas antigas do tempo do vovô - refletindo sobre , você, eu... enfim, sobre esse tempo com Deus chamado de vida.
Aí vai um textinho que escrevi para o Falando de Vida, que é uma newsletter semanal que você pode receber ao se cadastrar no http://www.iptambau.org.br/fv/acessofv.php
É isso aí... Bom ano novo!

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Do Pró-Álcool ao Carro Flex

Toda essa discussão sobre alterações climáticas, alternativas de matriz energética, biocombustíveis etc. me levou recentemente a relembrar que nos anos 80 o Pró-Álcool levou milhares de proprietários de veículos a gasolina a “converterem” os motores para o álcool.

Hoje, os avanços tecnológicos fez dessa “conversão” uma história do passado, pois os sensores dos motores já reconhecem diferentes combustíveis. Não é mais necessário se “converter”. É preciso apenas “se adaptar”.

Será que esta tendência não é exatamente o que estamos assistindo quando se refere à fé em Jesus Cristo? Seria exagero constatar que as igrejas estão cheias de “crentes flex” que não se converteram, mas apenas se adaptaram a uma nova ideologia de fé que atende pelo nome de “gospel”?

Quando alguém se converte, pelo menos três aspectos de sua vida mudam, visto que converter-se é, essencialmente, mudar.

Em primeiro lugar, muda a motivação, isto é, o combustível que move, que empurra a vida de alguém. Há muitos que vivem movidos a poder, controle, fama, sucesso, desejo... Não é demais afirmar que, invariavelmente, vidas movidas a esse tipo de combustível contêm aditivos muito tóxicos, tais como culpa, vergonha, medo etc.

Converter-se é se alimentar da gratidão como única resposta possível e aceitável do homem para com seu Criador e Pai. Viver movido pela gratidão é celebrar a vida como ela é, enquanto se dedica a torna-la naquilo que for mais próximo do propósito original de Deus quando nos criou.

Em segundo lugar, muda também os objetivos e prioridades, isto é, o funcionamento que explica os como e os para quê fazemos o que fazemos, investimos no que investimos, sonhamos com o que sonhamos. O ser humano é desejante e ambicioso. Quem sempre mais. Tem atração pelo melhor, pelo mais belo, pelo mais produtivo. E muito vezes, vive em função disto numa distorção absurda dos fins pelos meios.

Converter-se é inverter certas prioridades em função de certos objetivos que passam a nos ser caros e importantes. Muda-se escala de valores. Muda-se compromissos e agendas. Muda-se alvos e metas. Enfim, muda-se o propósito final da existência, o que acaba determinando como funcionamos como seres.

Finalmente, muda também os resultados obtidos, ou seja, o desempenho que demonstra os frutos decorrentes das sementes plantadas. Alguém já afirmou que a melhor maneira de se obter os mesmos frutos é semear as mesmas sementes. O inverso também é verdadeiro. Se mudarmos a maneira de ser, obteremos resultados diferentes.

Converter-se é fazer uma opção pelo desempenho que agrada a Deus. Não se pode ir muito rápido e ao mesmo tempo conservar energia. A vida não é uma corrida rasa de 100 metros, mas uma maratona. O vencedor não é quem sai rapidamente correndo à frente de todos, mas quem mantém um ritmo intenso o suficiente para não ficar para trás, constante o bastante para evitar ataques dos adversários e crescente a ponto de ter forças para o “sprinter” final.

Eu creio que é esta constatação a que chegou o apóstolo Paulo de Tarso quando disse que havia combatido o bom combate, completado a carreira e conservado a fé. No dia de hoje, não adapte-se simplesmente, converta-se a uma nova realidade de relacionamento com Deus que lhe criou e quer o seu bem.

Com carinho,

Pastor Robinson