Friday, February 23, 2007

2007 começou!!!

Depois de um longo e tenebroso inverno... Acho melhor dizer, depois de um longo e ensolarado verão, voltei no primeiro dia do ano de 2007, porque aquela historinha de que o ano depois do carnaval nunca foi tão verdadeira...
Bem, as férias acabaram, o feriadão de carnaval também e assim voltamos àquela querida rotina diária. Querida!? Fala sério! Rotina só é querida quando se tem um senso de propósito, não é verdade?
Mas, enfim, estou de volta com muito gás para escrever umas mal traçadas linhas - como se dizia nas missivas antigas do tempo do vovô - refletindo sobre , você, eu... enfim, sobre esse tempo com Deus chamado de vida.
Aí vai um textinho que escrevi para o Falando de Vida, que é uma newsletter semanal que você pode receber ao se cadastrar no http://www.iptambau.org.br/fv/acessofv.php
É isso aí... Bom ano novo!

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Do Pró-Álcool ao Carro Flex

Toda essa discussão sobre alterações climáticas, alternativas de matriz energética, biocombustíveis etc. me levou recentemente a relembrar que nos anos 80 o Pró-Álcool levou milhares de proprietários de veículos a gasolina a “converterem” os motores para o álcool.

Hoje, os avanços tecnológicos fez dessa “conversão” uma história do passado, pois os sensores dos motores já reconhecem diferentes combustíveis. Não é mais necessário se “converter”. É preciso apenas “se adaptar”.

Será que esta tendência não é exatamente o que estamos assistindo quando se refere à fé em Jesus Cristo? Seria exagero constatar que as igrejas estão cheias de “crentes flex” que não se converteram, mas apenas se adaptaram a uma nova ideologia de fé que atende pelo nome de “gospel”?

Quando alguém se converte, pelo menos três aspectos de sua vida mudam, visto que converter-se é, essencialmente, mudar.

Em primeiro lugar, muda a motivação, isto é, o combustível que move, que empurra a vida de alguém. Há muitos que vivem movidos a poder, controle, fama, sucesso, desejo... Não é demais afirmar que, invariavelmente, vidas movidas a esse tipo de combustível contêm aditivos muito tóxicos, tais como culpa, vergonha, medo etc.

Converter-se é se alimentar da gratidão como única resposta possível e aceitável do homem para com seu Criador e Pai. Viver movido pela gratidão é celebrar a vida como ela é, enquanto se dedica a torna-la naquilo que for mais próximo do propósito original de Deus quando nos criou.

Em segundo lugar, muda também os objetivos e prioridades, isto é, o funcionamento que explica os como e os para quê fazemos o que fazemos, investimos no que investimos, sonhamos com o que sonhamos. O ser humano é desejante e ambicioso. Quem sempre mais. Tem atração pelo melhor, pelo mais belo, pelo mais produtivo. E muito vezes, vive em função disto numa distorção absurda dos fins pelos meios.

Converter-se é inverter certas prioridades em função de certos objetivos que passam a nos ser caros e importantes. Muda-se escala de valores. Muda-se compromissos e agendas. Muda-se alvos e metas. Enfim, muda-se o propósito final da existência, o que acaba determinando como funcionamos como seres.

Finalmente, muda também os resultados obtidos, ou seja, o desempenho que demonstra os frutos decorrentes das sementes plantadas. Alguém já afirmou que a melhor maneira de se obter os mesmos frutos é semear as mesmas sementes. O inverso também é verdadeiro. Se mudarmos a maneira de ser, obteremos resultados diferentes.

Converter-se é fazer uma opção pelo desempenho que agrada a Deus. Não se pode ir muito rápido e ao mesmo tempo conservar energia. A vida não é uma corrida rasa de 100 metros, mas uma maratona. O vencedor não é quem sai rapidamente correndo à frente de todos, mas quem mantém um ritmo intenso o suficiente para não ficar para trás, constante o bastante para evitar ataques dos adversários e crescente a ponto de ter forças para o “sprinter” final.

Eu creio que é esta constatação a que chegou o apóstolo Paulo de Tarso quando disse que havia combatido o bom combate, completado a carreira e conservado a fé. No dia de hoje, não adapte-se simplesmente, converta-se a uma nova realidade de relacionamento com Deus que lhe criou e quer o seu bem.

Com carinho,

Pastor Robinson

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