Friday, May 25, 2007

Aqui está minha vida.
Esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento.

Cecilia Meirelles

Para Meditar

6ª feira – 25 de maio de 2007
Bom dia! Parece que foi ontem que começamos a falar de comunicação nestas Meditações Diárias! É que quando o assunto é bom e importante, o tempo nem parece passar. Bom e importante, mas certamente desafiador e doloroso, porque implica em mudança.
Bem, a única coisa que não gostaria de mudar é a ordem deste momento. Por isso, vamos começar orando ao Senhor? Então vamos! Você ora daí e eu oro daqui e o Deus Onipresente nos abençoará a ambos. Eu quero começar agradecendo por tudo que Deus é e tem feito por mim, pela minha família, pelas famílias da nossa comunidade. Você deve ter também motivos para agradecer... então, agradeça!
Vamos dar mais uma olhadinha na Palavra de Deus no que diz sobre comunicação, especialmente num aspecto já bastante conhecido de todos: a comunicação não-verbal. Você já ouviu falar que não se comunica apenas quando se fala, não é? Ontem mesmo, falamos do ouvir como uma forma de comunicar atenção, respeito, compreensão etc.
Pois bem, vamos ler a Bíblia em alguns versículos espalhados. Veja em Provérbios 15:13 que diz: “O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate” e em Eclesiastes 8:1 “A sabedoria do homem faz reluzir o seu rosto, e muda-se a dureza da sua face”. O que estes textos parecem nos ensinar que é o nosso rosto também comunica! E não apenas o nosso rosto, mas todo o nosso corpo! É o que chamam de linguagem corporal.
Embora muitos exagerem esta verdade e tornando-a em quase uma ciência de adivinhação, o fato é que a testa enrugada, os olhos bem abertos, as mãos fechadas, os ombros caídos e outros sinais corporais também comunicam como palavras, suspiros etc.
Onde é que isto é mais percebido? Adivinha! No meio familiar, porque as pessoas são as que mais nos conhecem. Eu conheço o humor de minha mulher e dos meus filhos até pelo jeito que andam na casa e suspeito que eles percebem até pela maneira que abro a porta quando chego em casa.
O que acontece, então? Toda uma comunicação se estabelece, antes mesmo que uma só palavra seja dita! E quando as palavras são ditas já chegam atrasadas, porque o clima já foi estabelecido muito antes.
Não é fácil perceber isto, mas o segredo está mais embaixo. Lembra de Mateus 12:34: “a boca fala do que o coração está cheio”? Então? Não dá para amordaçar a boca sempre, mas dá para pedir a sondagem e a purificação do nosso coração, de onde saem palavras e também gestos!
Veja aí o que normalmente você carrega no coração depois de um dia cheio de lutas, atividades, frustrações, chateações... para descarregar no primeiro “coitado” que lhe abrir a porta ao chegar em casa!
Veja você também que passa o dia todo lidando com questões domésticas – comida, filhos, casa... – que deixariam qualquer um maluco da vida, e então tem que receber de braços abertos e largo sorriso quem vai chegando da escola, do trabalho.
E quando as duas coisas estão juntas – como é o caso da maioria das mulheres com suas duplas e triplas jornadas de trabalho – aí é que é dureza!
Portanto, antes de falar, suspirar, endurecer o olhar, franzir a testa... esvazie o coração e deixe do lado de fora o que pertence ao exterior do seu ambiente familiar que é sagrado. E se é justamente neste ambiente “sagrado” que a barra pesa, então dê uma saidinha, caminhe um pouco, gaste as energias pesadas dos problemas e das frustrações em algo físico e só depois disponha-se a interagir com as pessoas que você mais ama.
Eu oro para que Deus lhe ajude a lidar com isto em nome de Jesus. Amém. Até amanhã!

Para Confiar

O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?
Salmo 27:1

Para Pensar

A única coisa que devemos temer é o próprio medo.
Franklin Roosevelt

Thursday, May 24, 2007

Deu no Le Monde...

Ponto de vista: No Brasil, uma Igreja católica suicida
por Jesus García-Ruiz e Patrick Michel


Durante o vôo que o conduzia ao Brasil, onde ele iria inaugurar as atividades da 5ª Conferência Geral dos Bispos Latino-americanos (Celam), que será encerrada em 30 de maio, o papa Bento 16 comentou informalmente com os jornalistas que o acompanhavam que a sua viagem tinha "um alcance latino-americano e um caráter fundamentalmente religioso". Ao ser indagado a respeito da existência, no Brasil, de pessoas "que não querem ouvir a mensagem da Igreja", no entanto, o papa sublinhou que "isso não é um fato específico" deste país: "Por toda parte nesta Terra, muito numerosos são aqueles que não querem ouvir o que diz a Igreja".Enquanto esta simples constatação é suficiente para esclarecer o alcance geral da visita do papa, a escolha do Brasil como sede desta 5ª Conferência, por sua vez, deve ser atribuída a um cálculo estratégico. De fato, no contexto de um continente onde vive a metade dos católicos do mundo, trata-se do país que conta o maior número de fiéis. Além disso, o Brasil é uma potência emergente, que aspira a exercer um papel de primeiro plano, tanto na cena regional quanto na cena internacional. Em terceiro lugar, a sociedade brasileira constitui um verdadeiro concentrado de todas as questões, do econômico ao social e do político ao cultural, passando pela ética, às quais a Igreja católica precisa responder. Por fim, a confrontação neste país com os movimentos evangélicos revela-se particularmente intensa.O discurso do papa enfatizou, além da defesa da moral católica, a recusa da "mistura equivocada" da religião com a política, a reiteração do papel central da hierarquia da Igreja, assim como a conclamação a conter a progressão dos pentecostistas, e até mesmo a dar início a um processo de reconquista. Ora, todos esses são elementos de um programa do qual não é difícil prever o fracasso, considerando-se o contexto e as primeiras reações, muito particularmente no âmbito da Igreja católica brasileira e latino-americana. Além disso, de maneira mais grave ainda, este programa reflete, frente às evoluções do mundo atual, o caráter quase suicida da postura adotada pela Igreja católica.Vale reconhecer que o Brasil continua sendo, de fato, conforme sublinhou o cardeal-primaz Geraldo Magela, um dos países os mais religiosos do mundo, no extremo oposto, segundo ele, "da secularização radical que pode ser observada em outras latitudes". Mas não é menos verdadeiro que "o abandono da Igreja católica", rumo a outras confissões, para retomar a frase de outro membro do episcopado, o arcebispo de Salvador da Bahia, é "impressionante e maciço". A este respeito, o novo arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, não hesita a falar de uma "fuga silenciosa". Em trinta anos, os católicos passaram de 91,4% para 73,9%, enquanto o número de evangélicos - 6,6% da população em 1980 - alcançava 17,9% em 2003. Se esta progressão viesse a prosseguir, eles constituiriam mais da metade da população brasileira entre 2020 e 2025.Esta tendência não é nem um pouco nova. Mas, até recentemente, ela havia permanecido ignorada pela Igreja na medida em que, no decorrer dos últimos 25 anos, a luta contra o inimigo interior que representava a teologia da liberação ocupou uma posição de destaque, no topo da lista da sua agenda. O crescimento alcançado atualmente pelos evangélicos, tanto no Brasil como em outros países da América Latina, explica que o papa faça agora da concorrência desses movimentos uma prioridade. Após ter caracterizado a teologia da liberação como um inimigo interno que precisava ser neutralizado, e após ter concluído esta empreitada de normalização, a Igreja, contudo, se encontra hoje na situação de ter que lutar contra o inimigo exterior, desprovida daquilo que poderia ter sido o seu melhor trunfo: a sua presença e a sua influência junto aos mais pobres.A questão dos evangélicos levanta de fato um problema tríplice a ser resolvido pela Igreja católica. À forte diminuição da sua "parte do mercado" religioso, acrescenta-se o risco político correlato de uma perda de influência, e até mesmo de controle, sobre as sociedades. Sobretudo, a Igreja encontra-se na situação de ter de gerir as conseqüências da liquidação de um monopólio, uma vez que a confrontação parece estar aberta nem tanto com os evangélicos quanto com aquilo que eles encarnam, a saber, o pluralismo. Não é pouco importante o fato de Bento 16 reiterar, dentro de uma perfeita continuidade com o seu predecessor, a sua plena adesão à democracia, com a condição de que esta seja informada pelos valores cristãos, dos quais a Igreja é garante e a intérprete legítima. Dentro da mesma perspectiva, a denúncia do relativismo tem de fato como alvo, muito precisamente, um pluralismo que não beneficiaria desta informação.Bento 16 dá continuidade, portanto, a tudo aquilo que João Paulo 2º havia empreendido, mesmo se a sua falta de carisma tende a amplificar os problemas que o seu predecessor se dedicava a desativar, por meio apenas da magia da sua presença, nos quatro cantos do planeta. Ou, melhor dizendo, que o seu predecessor se dedicava a ocultar, pois a realidade mostra que dentro da perspectiva desenvolvida, a conversão constitui um indicador forte da defasagem de uma Igreja preocupada em manter sobre as sociedades uma dominação que a própria evolução dessas sociedades tende a desqualificar. Mas, conforme afirma Leonardo Boff, "o principal responsável [por esta hemorragia] é a própria Igreja, pois ela é muito centralizadora e hierarquizada".Desde que o papa Pio 9º, em 1864, num syllabus (conjunto de decisões papais sobre problemas contemporâneos) em que ele constatava "os principais erros do nosso tempo", concluiu o seu levantamento com a idéia segundo a qual "o Pontífice romano pode e deve se reconciliar e transigir com o progresso, o liberalismo e a civilização moderna", a Igreja se encontra na situação de ter que renegociar permanentemente a sua relação com o espaço, o tempo e a autoridade. O dispositivo que foi implantado no final do século 19, de uma Igreja se desgastando como alternativa antimoderna à modernidade, foi de fato revisado por João Paulo 2º. Uma vez que o parêntese da modernidade supostamente havia sido fechado, a Igreja não mais precisava situar-se em relação a ela. Entretanto, além do fato de que esta tese mostrou os seus limites, a aceleração multiforme de um movimento que age sobre e transforma todas as sociedades, e muito particularmente num continente como a América Latina, que se encontra em pleno processo de globalização, levanta mais uma vez, só que de maneira bastante diferente, a questão da relação com o espaço e o tempo.Mas, lá onde os evangélicos conseguem inventar uma nova relação com o território, a Igreja católica, por causa da sua lógica institucional, permanece fechada dentro de uma concepção ultrapassada. Além disso, no que diz respeito à relação com o tempo, diante dos movimentos indígenas que exigem o reconhecimento do seu direito a um sistema de crenças próprio; e diante da leitura norte-americana segundo a qual a América Latina não teria conhecido uma verdadeira evangelização; a Igreja nada faz senão reafirmar, contra toda evidência, que "o anúncio de Jésus e do seu Evangelho em momento algum comportou uma alienação das culturas pré-hispânicas, nem constituiu a imposição de uma cultura estrangeira" (Bento 16, discurso inaugural da 5ª Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 13 de maio). Tal declaração só faz reforçar os argumentos daqueles que, à conversão forçada e maciça, opõem a conversão individual livremente consentida.Será que o fracasso da definição de uma relação pertinente com o tempo e o espaço pode ser compensado apenas pela reafirmação da autoridade da Igreja? Bento 16 parece estar convencido disso, apesar dos inúmeros testemunhos que apontam para o sentido contrário. Resta que a América Latina constitui, de modo evidente, um laboratório no qual as evoluções do religioso aparecem como um indicador, assim como um espaço privilegiado de gestão das recomposições que conhecem as sociedades contemporâneas.*Jesus García-Ruiz e Patrick Michel são diretores de pesquisas no CNRS, o principal centro francês de pesquisas científicas

Para Meditar

5ª feira – 24 de maio de 2007.

E aí, pronto prá ouvir? Ish! Nem me lembrei! Bom dia, antes de tudo, com a graça do Senhor! Mas, voltando ao ouvir, hoje é dia de ouvir... ouvir Deus... ouvir seu próprio coração... ouvir sua família...
Vamos orar: “Senhor, não é fácil ouvir! Preferimos falar porque achamos que temos sempre razão, que o que temos a dizer é mais importante... Perdoa-nos e dá-nos ouvidos atentos e corações abertos. Em nome de Jesus. Amém!”.
Ok! Vamos então “ouvir” a Palavra. Abra, por gentileza, em Tiago 1:19: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Creio que este versículo inspirou o ditado que diz que “temos dois ouvidos e uma boca só para ouvirmos mais do que falamos”!
A idéia de ouvir sempre é de passividade, não é verdade? Parece que somos um depósito da fala do outro. Nada mais tolo! Ouvir é atividade. Não é apenas escutar, identificar um som, saber de onde vem, o que é dito.... Ouvir é imergir no ser do outro, na fala, nos sentimentos, nas virgulas, nas entrelinhas do que fala.
Ouvir é esvaziar-se de respostas prontas e fáceis. De contra-argumentos. De fatos. Ouvir é compreender, empatizar com o outro, sentir a dor, a alegria, o desânimo, a duvida do outro. Ouvir é comunicar!
Não é horrível conversar com alguém que não nos olha, que passa a impressão que está pensando em outra coisa, que, franzindo a testa, parece não nos entender ou pior, não querer nos entender? Pois é, quando fazemos assim não estamos “prontos” para ouvir, isto é, não estamos interessados, nem dispostos a ouvir.
Quando se ouve com esta prontidão, então logo nos tornamos tardios para falar, isto é, não nos precipitamos em emitir opiniões, estabelecer juízos etc. O diálogo flui. A comunicação se estabelece.
Será que o problema que você tem vivido nas suas relações familiares não está no fato de que todo mundo quer falar e ninguém quer ouvir? Alguém precisa tomar a decisão de ouvir mais do que falar, revertendo o ciclo de não-comunicação!
Você está disposto a ser esta pessoa? A ouvir mais e falar menos? A se esforçar para compreender o outro. Espero que sim. E espero que comece hoje! Primeiramente, desarme-se do que já foi falado e ouvido. Zere o contador e de uma chance aos outros e a si mesmo. Recomece os relacionamentos com uma atitude menos defensiva, mais vulnerável.
Espero em Deus que Ele lhe dê toda sabedoria do mundo e disposição para pacientemente esperar os frutos deste novo posicionamento de ouvir mais e falar menos.
Atá amanhã, se Deus quiser!

Para Confiar

Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito, sobre a tua posteridade e a minha benção, sobre os teus descedentes; e brotarão como a erva, como salgueiros junto às correntes das águas.
Isaias 44:3,4

Para Pensar

A índole do homem, ou busca boas ervas ou ervas daninhas; por isso mesmo, deixai regar, a seu talante, umas, e destuir as outras.
Francis Bacon

Wednesday, May 23, 2007

Por um Brasil Não-Heterofóbico!





















Carta Aberta aos Senadores da República
Conceitos e Preceitos Não São Preconceitos

Recife (PE), 19 de março de 2007
Dom Robinson Cavalcanti

Exmo(a)s. Sr(as). Senadore(a)s
Senado Federal
Brasília – DF

Excelentíssimo(a)s Senhore(a)s,

Em nome da Diocese do Recife – Comunhão Anglicana, das jurisdições eclesiásticas integrantes do Movimento Anglicano por Uma Causa Comum, e certo de que também expressamos a posição de milhares de brasileiros, particularmente integrantes das igrejas e organizações evangélicas, gostaria de expressar as nossas congratulações pela retirada de pauta do PL 5003/2001 – PLC 122/2006, a pedido da própria relatora, Senadora Fátima Cleide, aprovada unanimemente pelo plenário da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, presidida pelo eminente senador Paulo Paim, e a criação de um Grupo de Trabalho para estudar a matéria. Com essa sábia e sensata decisão, esperamos que seja assegurado o elementar Princípio do Contraditório, e que sejam ouvidos os setores da Sociedade Civil, que poderão ser afetados pela aprovação do referido projeto, se mantida a redação atual.
Vale recordar que Documentos Sociais emanados das Igrejas Cristãs, na Idade Contemporânea – consentâneos com as Sagradas Escrituras e a Tradição Apostólica – têm afirmado a dignidade de toda pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, detentora de iguais direitos e deveres. Os mesmos Documentos afirmam o Princípio da Isonomia, pelo qual todos os cidadãos são iguais perante a Lei, princípio norteador da nossa Constituição Federal e de todo o nosso Ordenamento Jurídico.
Preocupa-nos, por outro lado, a questionável tendência de se estabelecer diplomas legais para setores particulares do conjunto dos cidadãos, que poderá, em decorrência, resultar em limitações de direitos para outros segmentos. É tanto mais preocupante quando tais diplomas incorrem em sanções penais, notadamente penas restritivas da liberdade. Estudiosos do Direito já têm denunciado uma tendência do atual estágio do Estado ao que denominam de “pan-penalismo” ou “tirania penal”, como um desnecessário e danoso furor normatisante-penalisante sobre o comportamento de cidadãos e segmentos sociais.
Os avanços práticos do Princípio da Isonomia e da Dignidade da Pessoa não podem, nem devem incorrer em riscos de tiranias nem de maiorias sobre minorias, nem de minorias sobre maiorias. Os povos têm uma História, uma Cultura e Costumes, este último também uma fonte de Direito. A História já nos tem ensinado que fúrias iconoclastas têm, quase sempre, resultado em despotismos esclarecidos, de grupos auto-proclamados de iluminados e de vanguarda, com a pretensão de “civilizar” aqueles por eles considerados “atrasados”, e que tem sido uma das mais nefastas facetas negativas da herança do Iluminismo. As mais graves violações dos Direitos Humanos, em nosso tempo, têm sido decorrentes dessa distorcida abordagem.
Bem sabem Vossas Excelências que, dentre os Direitos Civis emanados da nossa Carta Magna está a Liberdade Religiosa, não apenas em um sentido individualista, subjetivista, mas de crença e profissão da fé, que forma a visão de mundo dos seguidores das diversas religiões, seus valores, seus usos e costumes, sua contribuição para a Cultura e o seu exercício da Cidadania responsável, dentro da Lei, dos parâmetros do Pacto Social típico de um Estado Democrático de Direito, como prescreve a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, da Organização das Nações Unidas, subscrito por nosso País.
Como a sabedoria popular nos ensina que “não se pode cobrir a cabeça para descobrir os pés”. Devemos sempre estar advertidos para que a afirmação dos direitos de uns não implique na negação dos direitos de outros, em atos de injustiça, geradores de tensões sociais.
A presença do Cristianismo, e de outras expressões religiosas, é um fato histórico no Brasil, e a religião uma variável social que não se pode negar, desprezar ou agredir. A separação entre Igreja e Estado não significa uma dicotomia radical, não comunicante, entre a Sociedade Política e a Sociedade Religiosa, como parte da Sociedade Civil. O Estado Laico, que todos nós prezamos, tem sido, muitas vezes, em nossa época, transformado em Estado Ateu ou em Estado Confessional, com Ideologias Materialistas fazendo às vezes de uma religião intolerante e excludente. O que aconteceu com o Nazismo e o Marxismo, de trágica memória, está hoje se manifestando, de forma mais sutil, porém cada vez mais crescente, no Ocidente Pós-Cristão, onde a Secularização está dando lugar a uma nova e perniciosa ideologia, o Secularismo, que tem a pretensão de tutelar e de se impor à Sociedade, ocupando o aparelho de Estado, em uma atitude agressivamente negadora do papel das religiões, particularmente das monoteístas, notadamente o Cristianismo. Esse, lamentavelmente, é o atual contexto preocupante de mudança cultural, do qual o Brasil não está isolado, nem isento de sua influência.
A União Européia, recentemente, recusou reconhecer o papel Histórico do Cristianismo no Preâmbulo da sua proposta de Constituição. Símbolos religiosos têm sido proibidos em vários países do Velho Continente. Grupos cristãos, operando há mais de um século, estão sendo proibidos de se reunir em Universidades britânicas, em cujo país projetos de leis ora em debate no Parlamento pretendem obrigar os orfanatos religiosos a permitir a adoção de crianças por pares homossexuais e proibir os Colégios religiosos de ensinarem os posicionamentos de suas igrejas sobre a Sexualidade Humana. A comemoração do Natal, ou a presença das Tábuas das Leis nos Tribunais, estão sendo atacados nos Estados Unidos da América. Um pastor luterano escandinavo foi detido por trinta dias por pregar, em sua Paróquia, um sermão contrário à opção pela prática homossexual.
São apenas alguns exemplos, dentre tantos, de uma Pós-Modernidade, que torna relativo os absolutos e torna absoluto o relativo (Relativismo), de um Multiculturalismo extremado, que não respeita a cultura das maiorias, e de um Secularismo ideológico, que tem como um dos seus alvos o ataque às religiões, em particular as monoteístas de revelação, em virtude dos seus ensinos normativos sobre Ética, Moral e padrões de comportamento. Não é exagero reconhecermos que estamos tendo, no Ocidente, mais um ciclo de sistemática perseguição religiosa, procurando-se forçar a sua irrelevância.
As religiões monoteístas semíticas de revelação escrita – o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo – têm estabelecido conceitos multisseculares, desde cinco mil anos, que consideram como valores a serem livre e publicamente expressados em sua vida social, cultural e política, e que são preceitos para os seus seguidores. Conceitos que muitas vezes se chocam com aqueles defendidos hoje pelo Secularismo, e com os estilos de vida emanados dessa ideologia em crescente processo de hegemonia. Objetivamente, sabemos que Conceitos e Preceitos não são Preconceitos.
Não há, então, apenas a possibilidade de um “Choque de Civilizações” entre o Ocidente e o Oriente, mas já se está dando um “Choque dentro da Civilização”, no Ocidente, entre os adeptos da ideologia Secularista e as religiões monoteístas históricas. Choque esse que se evidencia na Academia, nas Artes, na Mídia e no interior do aparelho do Estado.
Com o colapso do modelo soviético, as esquerdas abdicaram de elaborar uma atualizada crítica ao Capitalismo como modo de produção, e a sua eventual superação, substituindo o seu núcleo ideológico pelo chamado “Politicamente Correto”: uma original união de Socialismo e Puritanismo, ou, como já foi denominado, um “puritanismo de esquerda”, com todas as intolerâncias dos seus co-irmãos conservadores. A denominada “Agenda Homossexual” decorre desse movimento cultural.
É importante, particularmente, denunciar a agressividade contra a minoria dos ex-homossexuais e, no Brasil, a criminalização pelo Conselho Federal de Psicologia, do direito de livre exercício profissional, vedado o trabalho terapêutico de apoio àqueles que, não se sentindo confortáveis com sua atual orientação, procuram o apoio de profissionais para a busca de alternativas que lhe tragam bem estar pessoal e sanidade. Psicoterapeutas e clientes, como cidadãos e como pessoas, são vítimas da violência dogmática e intolerante, pretensamente em nome da “Ciência”, privados do inalienável direito ao exercício da liberdade. Corremos o risco de uma “Inquisição às Avessas”, com a ideologia Secularista lançando mão do braço do Estado para impor normas e sanções, criminalizando e penalizando os que pensam, se manifestam e agem de modo divergente.
Alertamos para o risco de que o programa “Por Um Brasil Não Homofóbico” termine se transformando, na prática, na promoção “Por um Brasil Heterofóbico”: do desrespeito ao direito (de religiosos e não religiosos) de se afirmar a normatividade dos padrões da estabilidade das uniões heterossexuais, ou do celibato voluntário.
A Comunhão Anglicana, e outras igrejas e religiões, afirmam a dignidade da pessoa humana, mas afirmam, também, a realidade do pecado (ao contrário da “bondade natural” defendida pelas ideologias seculares modernas) como um distanciamento físico, intelectual, emocional e moral dos seres humanos dos ideais do seu Criador. Afirmam, também, os direitos humanos e os deveres humanos. Afirmam, ainda, a acolhida, a escuta, o amor, a solidariedade e o respeito; mas, afirmam, igualmente, que a Graça de Deus em Cristo, pelo poder do Espírito Santo, alimentada pela Palavra e pelos Sacramentos, é capaz de transformar o que cada um de nós é – com nossas limitações, ambigüidades e negatividades – no que Deus pretende que sejamos, no processo permanente e dinâmico que a Teologia denomina de Santificação.
A tentação ou a prática homoerótica é apenas uma manifestação dentre tantas – nem maior, nem menor – do estado pecaminoso da humanidade, e essa prática, para os cristãos, é incompatível com os ensinos das Sagradas Escrituras. É dever dos cristãos amar os pecadores e rejeitar o pecado.
Anunciar a consciência do pecado e a possibilidade da Graça transformadora não deve ser entendido como uma atitude de agressividade, mas, sim, de amor pelo próximo.
Aqui, senhores Senadores e senhoras Senadoras, chegamos ao âmago da questão: a humanidade, nem o Brasil, terão experimentado grande progresso, se, em um movimento de cento e oitenta graus, apenas substituirmos a penalização dos homossexuais pela penalização dos anti-homossexuais; a penalização de uma minoria pela penalização de amplas maiorias.
Cremos que a Constituição Federal e todo o nosso Ordenamento Jurídico já são suficientemente claros na afirmação da dignidade de toda pessoa humana e na igualdade de direitos de todos os cidadãos. Preocupa-nos o fenômeno do pan-penalismo. Afirmamos os valores culturais morais que marcam a formação da nossa nacionalidade. Defendemos a Liberdade Religiosa, de clérigos e leigos, no interior de seus templos e lares, no seu trabalho e nas várias formas de inserção social, inclusive com suas doutrinas sobre a Sexualidade Humana, sem riscos de sofrerem processos penais, que poderão privá-los da sua liberdade.
Não se constrói um Brasil justo e solidário mandando para a cadeia os homossexuais ou os anti-homossexuais.
Que o Deus invocado no Preâmbulo da nossa Carta Magna vos ilumine como pessoas, como cidadãos e como legisladores, na construção do Bem-Comum.
Atenciosamente,

Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo DiocesanoDiocese do Recife – Comunhão Anglicana
Secretaria DiocesanaEscritório Maceió - AL(81) 9111.7172
"Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar" (Êxodo.4:12).

Para Meditar

4ª feira – 23 de maio de 2007.
Bom dia! E aí, vamos conversar mais um pouco sobre comunicação? Espero que esteja disposto, porque cada vez que trato mais desse assunto, mais desafiado sou em me aperfeiçoar. E você?
Vamos começar com Ele. “Senhor Deus e Pai, muito obrigado mesmo pelo tema das meditações desta semana. Como precisamos melhorar neste aspecto, Senhor! Ensina-nos, orienta-nos e guia-nos na direção do aperfeiçoamento, especialmente para a paz e harmonia do nosso lar. Em nome de Jesus. Amem!”
Vamos à Palavra! Abra aí em Romanos 15:14, que diz assim: “E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros.”
Quero ser honesto! Este texto não fala de relacionamentos familiares, mas da admoestação que Paulo estava fazendo à igreja em Roma e que, segundo ele, poderia ser refletida pela prática dos irmãos se admoestarem-se uns aos outros. Eita que redundância, hem!? Enfim, Paulo entendia que aquilo que dizia, os próprios irmãos em Roma poderiam fazer uns com os outros.Mas, o que vale aqui para nós é que Paulo entende que a admoestação precisa ser praticada por pessoas possuídas de bondade e de conhecimento, que as habilita a admoestar. Você sabe o que é admoestar? Segundo o dicionário, admoestar é “advertir, aconselhar, avisar, repreender levemente”. Exatamente aquelas coisas que a gente mais precisa fazer uns com os outros em família, se quisermos ser honestos, sinceros e autênticos nos nossos relacionamentos.
Porém, é preciso que antes de falar para os outros, de advertir, de repreender..., a gente sonde o próprio coração para verificar a nossa motivação e a nossa intenção. Elas são bondosas realmente? Você está falando porque realmente quer o bem da pessoa, ou apenas para provar que está certo? Você realmente pensou sobre a melhor forma de dizer a coisa difícil que precisa ser dita? Você quer ganhar a pessoa ou ganhar a discussão?
Enfim, teste sua motivação e sua intenção sempre. Se não forem as melhores, então convém se preparar melhor, pedir ajuda ao Espírito Santo para que purifique seu coração e escolha um momento melhor.
Além disso, Paulo também fala de conhecimento, isto é, de saber todos os lados da questão, antes de emitir um juízo, uma opinião e entrar numa discussão sem procurar saber o ponto de vista do outro. Isto é tão tolo quanto falar de algo que não se conhece, dando a impressão de arrogância e petulância.
Isto nos leva a pensar sobre o valor do ouvir antes de falar, mas isto é assunto para amanhã, ok. Deus lhe abençoe e nos “vemos” amanhã. Enquanto isto, seja bondoso nas suas admoestações e observações aos outros membros da família.

Para Confiar

Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos.


Salmo 90:17

Para Pensar

Meu pai dizia que se alguém quer ser diferente deve fazer algo diferente
Wynton Marsalis

Monday, May 21, 2007

Chorar com os que choram

A Revista Saúde é Vital trouxe o seguinte artigo de Samuel Ribeiro "Chorar também é um bom remédio" sobre os benefícios do choro:

Junte bastante água, jogue uma pitada de sal, um pouco — mas bem pouco mesmo — de muco e gordura. Acrescente emoção a gosto. Esses são os ingredientes básicos para quem quer lavar a alma. Seja na tristeza ou na alegria, por estar irado com alguém ou orgulhoso de outrem, nessas situações e em muitas outras o melhor a fazer é mergulhar o espírito num pranto sincero. Ir do marejar dos olhos ao transbordar em lágrimas faz com que nos sintamos mais leves. Algo que a ciência já tem como certo: ao chorarmos, liberamos substâncias químicas que proporcionam a sensação de alívio quase imediato. O efeito é desencadeado exclusivamente por cutucadas emocionais e não por estímulos físicos, como quando o globo ocular se irrita com aquela cebola cortada.
"As lágrimas provocadas pela emoção removem elementos acumulados nas horas de estresse. Elas, literalmente, põem tudo para fora", diz o neurocientista Willian Frey, da Universidade de Minnesotta, nos Estados Unidos, autor de um estudo que revela como funciona essa ação calmante. Fisgado pelos sentimentos, o cérebro fabrica certos neurotransmissores. Esses compostos passam de um neurônio para outro avisando que as glândulas lacrimais precisam ser contraídas. O choro começa.."Quando entornamos a primeira gotícula, entra em cena a leucina-encefalina", ensina Frey. Como o nome entrega, esse mensageiro é produzido pelo encéfalo, a nossa massa cinzenta. Ele tem a função específica de nos anestesiar se sentimos fortes dores e também nos deixa um tanto entorpecidos, na maior paz. "A leucinaencefalina age como um ópio natural", descreve a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da extensão brasileira da International Stress Management Associantion — algo como Assossiação Internacional para o Gerenciamento do Estresse, numa tradução livre. Outra substância que divide as atenções é a prolactina, hormônio produzido na glândula pituitária, no meio do cérebro, quando aumenta a tensão. Com altas taxas de prolactina no organismo, as emoções ficam à flor da pele. Aí, chorar funciona como uma válvula de escape que manda o excesso do hormônio embora.
Sim, as lágrimas fazem bem. Mas não dá para chorar em todo canto, a qualquer instante. O excesso, assim como reprimir o líquido, deixa na cara que as coisas não estão bem. "Chorar a perda de um parente ou por causa de um problema financeiro é justificável. Já por coisas pequenas, como perder um ônibus, não faz sentido", comenta Ana Maria. O choro franco é a emoção em gotas e, quando elas escorrem por qualquer razão, é sinal de que a pessoa está descompensando suas emoções. "Pode até ser indício de uma depressão severa", exemplifica a psicóloga Junia Cicivizzo Ferreira, especialista em psicologia comportamental pela Universidade Federal de São Paulo. "Pôr o sentimento para fora e chorar não são a mesma coisa", lembra Junia. Quem chora pode ser passivo ou nem sequer se dar conta do motivo, enquanto que demonstrar sentimentos exige que o indivíduo entenda o que se passa consigo. "Daí, se houver um problema a ser resolvido, ele é capaz de tomar uma atitude", conta Junia.
HOMEM NÃO CHORAA afirmação acima é machista e errônea. Homem chora, sim. Mas bem menos do que as mulheres. "Elas caem no choro até quatro vezes mais", calcula Willian Frey. "Uma das hipóteses da neurociência para a choradeira feminina é de que as mulheres a partir dos 16 anos fabricam 60% mais de prolactina do que eles." Isso porque o hormônio tem outras atribuições, como preparar as mamas para, um dia, produzir leite. Aliados a essa diferença biológica estão os fatores culturais. Em muitas sociedades ainda predomina a idéia de que chorar é coisa de menina.
A verdade é que chorar faz bem e, sem exageros, não tem contra-indicação. Afinal, se os olhos são mesmo a janela da alma, nada melhor do que lhes dar um belo enxágüe de vez em quando.NÃO SE REPRIMAEngolir a seco a choradeira não é nada saudável
Conter as lágrimas quando elas pedem para escorrer traz problemas de ordem psicológica. "Armazenar sentimentos negativos e passar por cima das emoções, deixando-as guardadas, pode gerar um quadro grave de depressão", diz a psicóloga Junia Cicivizzo Ferreira, especialista em psicologia comportamental pela Universidade Federal de São Paulo. Segundo ela, tudo pode começar com uma simples apatia, uma dificuldade para chorar. E, aos poucos, as emoções contidas se somatizam em doenças. "Pressão alta, úlcera e gastrite são comuns nesses casos", alerta Ana Maria Rossi.

  • Chorar de rir pode ser um indício de extrema felicidade ou de descontrole emocional. O rosto se expande e os músculos apertam as glândulas lacrimais.
  • A média de duração do choro é de dois minutos. Mas chega a durar 15 o pranto compulsivo, aquele em que a pessoa soluça, emite sons e até sente dificuldade para respirar.
  • Quando a tristeza é senhora, o rosto fica contraído e o choro é todo lamurioso. Em momentos de desalento, chorar escoa os sentimentos.
  • Cerca de 73% dos homens sentem-se melhor depois de chorar. As mulheres ficam ainda mais satisfeitas, com um percentual de 85%.
  • Chorar lágrimas de crocodilo é a expressão popular para designar o pranto falso. É que o réptil lacrimeja para manter os olhos umedecidos — e derrama ainda mais lágrimas quando abocanha a presa, por causa das contrações da mandíbula.
  • O medo pode criar no organismo uma tensão à beira do insuportável. E, para aliviá-la, uma possibilidade é derramar lágrimas.

Para Meditar

2ª feira – 21 de maio de 2007.

Bom dia! Vamos jogar conversa fora? Não, não me interprete mal! Não estou falando de fofoca, nem de perda de tempo conversando abobrinha! É que “jogar conversa fora” está incluído no que vamos começar a conversar nestas Meditações Diárias: a comunicação familiar!
Pois bem, agora que nos entendemos, vamos começar bem: vamos conversar com Deus ou simplesmente, vamos orar! Como toda conversa com quem já costumamos nos encontrar, evite formalidades. Deus está aí juntinho com você, como está aqui comigo enquanto escrevo estas linhas. Fala com Ele naturalmente. Converse com seu Criador. Ele não é aquele amigo ausente, a quem você tem que contar coisas de meses e meses atrás para “atualizá-lo” de como anda sua vida! É muito mais alguém, a quem se pode dizer assim: “ O Senhor viu o que aconteceu agorinha? Pois é, então o Senhor já sabe como estou me sentindo...” e por aí vai. Tente ser informal sem ser irreverente com Aquele a quem você chama de Pai. Invista aí alguns minutos neste papo com o Senhor.
Ok! Então, que a conversa já rolou legal, que tal ouvi-lo. Eu sei, eu sei! Que enquanto você conversava com Ele, deve ter vindo à sua mente até versos da Palavra dEle ou experiências que você passou com Ele e, obviamente, em tudo isto, Deus já estava conversando com Ele.
Porém, o que eu gostaria mesmo era de ver o que Ele já tem falado a todos os seus filhos, inclusive nós dois, que possa ser relembrado e aplicado a nós neste dia. Topa? Ok! Então, abra aí sua Bíblia e leia em Hebreus 4:12, que diz: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
O que isto significa para você? Normalmente, a gente pensa nisto em termos de pregação, mensagem, estudo bíblico etc., não é? Mas, a Palavra de Deus é também aquela que Deus fala no íntimo do nosso ser, como em momentos como este.
Comunicação, portanto, não é apenas falar, proferir, proclamar... num processo de uma mão só. Toda vez que comunicação existe uma ação é comunicada, por isso, é comunicação. E a toda ação corresponde uma reação, não é verdade? Portanto, toda vez que por gesto, palavra, atitude e até pelo silêncio, Deus nos “comunica” algo, acaba provocando em nós uma comunicação de volta. É como uma espada cortante. Ninguém fica imune, indiferente ao que Deus fala. A fala de Deus provoca a resposta do homem, seja ela qual for.
Agora pense um pouco: será que isto também não é verdade nas relações humanas? Se somos feitos à imagem e semelhança de Deus e a nós foi dado o poder de comunicar, não é fato que também nossa comunicação provoca resposta no outro!? Sem dúvida, sim, provoca!
Então, o primeiro aspecto que gostaria de ressaltar é você provoca coisas boas ou más quando se comunica com os outros, especialmente aí na sua casa. E digo mais: à medida que a relação é mais íntima, mas naturalmente fazemos isto sem medir as conseqüências. Pense um pouco neste verso: “Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.” (Provérbios 16:24). Palavras curam ou matam! Pense nisto no dia de hoje, quando tiver que comunicar-se com qualquer pessoa, mas principalmente com aquelas que você mais ama e que são mais importantes para você. Até amanhã, se Deus quiser

A Era da Comunicação

Nunca a comunicação foi tão fácil! Melhor dizendo: nunca os meios de comunicação estiveram tão acessíveis. Rádio, TV, Internet e suas múltiplas aplicações fazem o mundo parecer cada vez menor. Uma pequena “aldeia global”, para usar termo já quase gasto.
No entanto, a prática da comunicação, especialmente na ambiência familiar, não é tarefa fácil. Não sou especialista no assunto, mas gosto de ouvir e de falar, por isso me atrevi a compartilhar algo da Palavra de Deus nestas Meditações Diárias da semana, com o fim de entendermos e vivenciarmos a vontade de Deus nesta área.
O próprio Deus é comunicador. Tudo fez por sua palavra – “e disse Deus: haja luz...” – e tem um repertório múltiplo de comunicação – “havendo Deus falado de muitas maneiras...”. Ele se comunica como Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – e com todas as suas criaturas, especialmente o ser humano.
Ora, se Deus valoriza a comunicação, por que não faríamos o mesmo? Precisamos, portanto, praticá-la, desenvolvê-la, aperfeiçoá-la... principalmente nos relacionamentos que têm o maior potencial para abençoar ou para amaldiçoar a nossa vida: os relacionamentos familiares.
Espero que a leitura destas Meditações a cada dia desta semana seja uma benção na sua vida e no seio da sua família. Deus abençoe vocês todos!
Com carinho,
Pastor Robinson

Para Confiar

Bem sei que tudo podes e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
Jó 42:1

Para Pensar

Não há liberdade, há libertação.
Paulo Cour

Saturday, May 19, 2007

A barreira dos mil

O blog quebrou a barreira dos mil visitantes em menos de dois meses. Não é muito, mas é bom comemorar...

América Latina é cenário do surgimento de nova cultura, concluem bispos

Muito interessante! Há algum tempo que venho afirmando em conversas, palestras, sermões etc. que a sociedade brasileira está num processo vertiginoso de secularização devido, principalmente, à globalização, à agenda de movimentos como o GLS, e, por incrível que pareça, ao surgimento de uma religiosidade não católica.
A análise que os bispos fazem no texto abaixo (Agência Folha) demonstra que isto afeta principalmente os aspectos éticos. Quem for cristão é bom preparar-se a viver debaixo de patrulhamento ideológico, preconceito religioso, cerceamento da liberdade de expressão de valores religiosos e principalmente, hostilidadade que, se não descamba para a expressão física, certamente será veemente e intensa no campo intelectual.

Daqui a pouco, ser cristão e defender a doutrina e a ética cristã será arriscado. Será uma conta-cultura cristã minoritária, exatamente como foi nos melhores momentos da história, nos quais ser cristão implicava em ser remanescente fiel sob pressão, mas com uma fé viva e um testemunho retumbante. Sim. Haverá também espaço para um cristianismo de fachada, que se amoldará como puder ao que a sociedade espera, capitulando num ecumenismo e numa secularização que passarão a ser consideradas normais.


A América Latina passa por mudanças e é cenário do surgimento de uma nova cultura que "não é muito amiga da Igreja." Essa é uma das conclusões a que chegaram bispos após a primeira semana da 5ª Conferência Geral do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano), que acontece em Aparecida (SP) até o final do mês.Na tarde de ontem, durante entrevista coletiva na basílica de Nossa Senhora Aparecida, foi apresentado um resumo das discussões feitas pelos bispos sobre um dos temas tratados no encontro: a atualidade.De acordo com o presidente da Conferência Episcopal da Colômbia e bispo da cidade de Tunja, monsenhor Luis Augusto Castro, a Igreja deve decidir quais atitudes tomar diante dessa nova cultura e como se relacionar com ela."Podemos dizer que essa nova cultura não é muito amiga da Igreja. Estamos regressando àqueles tempos da Igreja primitiva, quando a cultura não era muito amiga do cristianismo porque era uma novidade. Temos que outra vez penetrar nessa cultura para transmitir o Evangelho", disse Castro.O bispo colombiano apontou que a região evoluiu em relação aos direitos humanos. Ressaltou, porém, em referência a temas como a descriminalização do aborto no México, que os países da América Latina testemunharam o nascimento de um "câncer" na sociedade que coloca em risco a estrutura das famílias."A consciência sobre a dignidade humana cresceu muito no continente. Mas surgiram coisas que nunca havíamos pensado, como as decisões governamentais contra a vida e a família. Alguém pode pensar que essas decisões são próprias de alguns países. Mas são decisões continentais."Sobre a perda de fiéis nos países da região, disse que os bispos constataram que a transmissão da fé cristã de uma geração para outra está se "debilitando", e culpou as famílias por isso. "A família é fundamental para a transmissão da fé, mas está falhando nesse sentido."

Wednesday, May 16, 2007

Diálogo

Minhas palavras são a metade de um diálogo obscuro
continuando através de séculos impossíveis.
Agora compreendo o sentido e a ressonância
que também trazes de tão longe em tua voz.
Nossas perguntas e respostas se reconhecem como os olhos dentro dos espelhos. Olhos que choraram.
Conversamos dos dois extremos da noite,
como de praias opostas. Mas com uma voz que não se importa...
E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu.
Mas um mar sem viagens.

Cecília Meireles

Tuesday, May 15, 2007

Para Meditar

3ª feira – 15 de maio de 2007

Bom dia! Que o Deus de toda graça revista sua vida de plena satisfação no dia de hoje! Amém! Que bom estar vivo. Vamos agradecer a Deus por isto e por tudo o mais que você for lembrando aí enquanto ora:
Vamos meditar hoje um pouco sobre o que Deus esperava de Adão quando o criou como homem para sua família, ok.
Adão era o representante de Deus diante da natureza e o representante da criação – e especialmente da família – diante de Deus. Então, de alguma forma, ele era profeta, porque trazia a Palavra de Deus para sua família e era sacerdote porque conduzia sua família diante de Deus.
Esta é a dupla função representativa que cada homem ainda hoje tem na sua família. Infelizmente, há muita omissão hoje. A “religião” foi deixada para as mulheres.
Companheiro pai de família – presente ou futuro – entenda que você é responsável diante de Deus e será sempre capacitado pelo Senhor, ao se dispor a liderar sua família espiritualmente.
Pense um pouco no seu momento familiar de que maneira você pode exercer estas funções produtivamente. Por mais difícil que seja, peça à esposa e aos filhos para lhe dar dicas de como fazer isto. Atenção, mães e filhos, sejam sábios e ao invés de atitudes criticas e negativas, aproveitem para ajudar a fazer do marido e do pai, alguém mais espiritual e comprometido com o bem-estar espiritual da família. Até amanhã, se Deus quiser.

Para Confiar

Mas, em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Romanos 8:37

Para Pensar

Não há nada melhor para uma alma do que tornar menos triste outra alma.
Paul Verlaine

Monday, May 14, 2007

ÀS VEZES, O PROBLEMA ESTÁ DENTRO DE NÓS, E FECHAMOS OS OLHOS PARA ELE...

A professora pediu aos alunos que fizessem uma redação sobre o que gostariam que Deus fizesse por eles. A redação de um menino dizia:
“Senhor, esta noite te peço algo especial: me transforme em um televisor. Quero ocupar o seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa. Ter um lugar especial para mim e reunir minha família ao redor... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem questionamentos. Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado. E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de ignorar-me. E ainda que meus irmãos “briguem”para estar comigo. Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, que eu possa divertir a todos. Senhor, não te peço muito... Só quero viver o que vive qualquer televisor!”
Esta redação pode ser a do seu filho.

Para Meditar

2ª feira – 14 de maio de 2007

Olá, bom dia. Hoje lhe convido a começar uma nova semana na presença de Deus e na companhia de sua família. Vamos orar ao Senhor que sejam dias abençoados para nosso crescimento espiritual.
Que tal refletir um pouco sobre a instituição da família: Quando Deus cria o homem, entende que ele precisa estar em companhia de alguém, porque não era bom que estivesse sozinho.
Por que a solidão não é algo bom: Por que precisamos de algum tempo sozinhos, mas não agüentamos tanto tempo sem a presença de alguém com quem compartilhar a vida:
A resposta está na própria natureza divina que recebemos. Deus é relacional: Pai, Filho e Espírito Santo e portanto, o homem que cria também precisa de relacionamentos.
Pense um pouquinho no dia de hoje, quanta falta faria se as pessoas da sua família simplesmente desaparecem hoje! Sei que não é um pensamento agradável, mas é necessário, porque parece que só valorizamos quando sentimos falta.
Aproveite agora estes momentos para agradecer a Deus pela existência de sua família, que torna a sua vida menos sozinha.
Reflita no momento familiar do dia sobre a maneira como cada pessoa da sua família acrescenta algo de bom para você e o que você também representa para cada um deles. Ate amanhã.

Para Confiar

Porque para Deus nada é impossível.
Lucas 1:37

Para Pensar

Igreja não é ideologia, nem um movimento social ou um sistema econômico. É fé em Deus.
Bento XVI

Friday, May 11, 2007

Papa na Folha

Bento 16 solicita a Lula que conceda vantagens à igreja
Presidente ressalta caráter laico do Estado brasileiro ao ouvir pedido do papaProposta do Vaticano rejeita vínculo empregatício de padres, torna obrigatório o ensino religioso e dá a missionários acesso a índios

Frustrado o desejo de celebração do tratado ainda durante a visita ao Brasil, o papa Bento 16 pressionou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assinatura de uma concordata -um acordo diplomático de "interesses comuns" entre a Santa Sé e o Estado brasileiro- até o fim de seu pontificado.
Pela proposta apresentada pelo Vaticano em outubro passado, o governo reconheceria, por exemplo, que não há vínculo empregatício entre padre e igreja. Outra reivindicação é a obrigatoriedade do ensino religioso na rede pública de educação. A proposta incluiria ainda vantagens na concessão de passaporte para os missionários no país, além da permissão para atuação em áreas indígenas.
A oficialização do seminário como um curso também estaria em pauta. Autoridades brasileiras negam, porém, que a proibição do aborto esteja expressa no documento. O aborto não foi tema da audiência."O papa manifestou expectativa que houvesse assinatura do acordo durante seu pontificado e durante o mandato do presidente Lula", relatou a embaixadora do Brasil no Vaticano, Vera Machado.
Recorrendo a suas anotações, a embaixadora -que se diz favorável ao acordo- ditou uma frase em que Lula teria acentuado o caráter laico do Estado brasileiro. Como antecipou a Folha, foi o jeito polido de recusar a proposta da igreja. O Itamaraty julgou que o acordo contrariava o princípio de separação entre igreja e Estado. "Conhecedor das qualidades religiosas do Brasil, quero dizer que nosso empenho é preservar e consolidar o Estado laico e ter a religião como instrumento para tratar da espiritualidade e dos problemas sociais", teria dito o presidente.
Segundo relato feito por Lula a seu chefe-de-gabinete, Gilberto Carvalho, o próprio papa teria manifestado "profundo respeito pelo Estado laico brasileiro", antes de dizer que espera a conclusão do acordo ainda durante seu pontificado."Não, Sua Santidade, espero concluir no meu mandato", teria respondido Lula.
O texto foi trazido pelo representante do papa no Brasil, Lorenzo Baldisseri, em outubro, com a expectativa de que fosse assinado durante a visita de Bento 16. Mas, consultados os ministérios, o governo apresentou uma contraproposta ao Vaticano no dia 20 de março. Seu teor só pode ser divulgado em caso de consenso."A bola agora está com o Vaticano", disse Carvalho, explicando que a preocupação do governo é produzir acordo aplicável a outras denominações cristãs e religiões.
Quanto à obrigatoriedade do ensino religioso, Carvalho adianta que a intenção é manter o respeito à opção do aluno. "O presidente tem boa vontade em relação ao acordo. O que não quer dizer que não haja diferença de opinião. O acordo deve sair. Mas não no tempo do Vaticano", afirmou Carvalho.
No vôo de volta a Brasília, Lula se disse impressionado com a cordialidade de Bento 16. Na audiência, Lula apelou para que o papa fosse mais atuante para derrubada das barreiras comerciais aos países mais pobres. Ele apontou o biodiesel como instrumento de crescimento econômico inclusive para países africanos.
Lula revelou sua origem, de família numerosa, para endossar a importância da família no país.

Para Meditar

Meditação Diária - 11 de maio de 2007

Bom dia! Em Cristo, somos mais do que vencedores e a promessa é que neste dia, o Senhor da Vitória está contigo para vencer as pelejas da vida, amém!
E aí, semaninha para passar rapidamente, não é? Meu amigo, a coisa tá pegando e a gente já tá já, já no meio de 2007 e parece que foi ontem!
As 24 horas continuam as mesmas, mas a nossa agenda não consegue compreender tudo que precisamos fazer. Isso até me faz lembra uma mensagem de email que recebi. Dizia assim: “hoje gastamos mais, mas temos e desfrutamos cada vez menos. Temos mais compromisso, porém menos tempo. Temos mais conhecimento, mas menos discernimento. Falamos muito, amamos pouco e odiamos demais. Temos mais casas bonitas e mais lares desfeitos” e por aí vai...
Pois bem, eu não sei quanto tempo você tem para esta meditação, mas seja quanto tempo for, aproveite agora para começar bem o seu dia na presença de Deus. Comece aí a agradecer o que Deus é para você e para sua família, o muito que tem lhe protegido, guardado, provido para vocês. Gaste, ou melhor, invista aí o tempo que achar melhor e depois a gente medita na Palavra de Deus.
Podemos ler a Bíblia agora? Então, abra aí no Salmo 128 e leia todos os cinco versículos com atenção e cuidado. Você sabe que estes dois Salmos 127 e 128 têm a mesma temática: a família e eram cantados – porque eram canções dos judeus quando iam em procissão ao templo de Jerusalém – por famílias que iam juntas adorar ao Senhor.
Pois bem, há uma bem-aventurança neste Salmo já no verso 1 para aquele que teme e anda nos caminhos do Senhor. Como este Salmo faz referência explicita à esposa no verso 3, então podemos concluir que fala diretamente ao marido, ok? É claro que a mensagem é para todo mundo, mas específicamente ao homem da casa.
Ih! Logo na sexta-feira! Lá vem bomba! Não, não se preocupe que não vai rolar bronca ou exortação para “nós” homens, quer mereçamos ou não! A idéia é outra.
Mas, eu gostaria de falar de algo que nos faz andar nos caminhos do Senhor – eu espero que você queira andar nos caminhos do Senhor – que é o temor do Senhor.
Quando nos falta o temor do Senhor, mesmo que sobre amor pela esposa e pelos filhos, bye-bye para respeito, fidelidade... e só nos basta o temor do Senhor que somos santificados por Ele.
A nossa bem-aventurança também é o nosso desafio: ser temente a Deus, porque não há nenhum conjunto de relacionamentos que depende tanto do temor a Deus como os de marido-mulher e pai-filho! Pode crer!
Então, que tal orar por si mesmo para que você seja um homem temente a Deus, ou então, que tal orar pelo seu marido ou seu pai, ou seu filho, para que ele seja temente a Deus. Se ele se tornar um homem temente a Deus, o restante é trabalhado pelo Espírito Santo.
Até amanhã e Deus te abençoe.


Meditações - Igreja Presbiteriana de Tambaú
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Para Confiar

Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.
João 4:14

Para Pensar

A "sede de Deus" vem da vontade do homem de ser imortal, vontade jamais alcançada e, por isso mesmo, chamada por Unamuno de "sentimento trágico".
Ex-presidente José Sarney

Thursday, May 10, 2007

Anime-se...

Segundo os cálculos dos melhores tributaristas do país, você está a 20 dias de começar a ganhar seu próprio dinheiro, porque até o final deste mês de tudo o que você ganhou 100% foi para manter a máquina do governo...
E ainda dizem que isto é "dar a César o que é de Cesár..." Será!?

Como as coisas funcionam no mundo real...

Nunca mais tinha visto parábola animal tão interessante desde que li "A Revolução dos Bichos" de George Orwell...

Era uma vez uma galinha que encontrou alguns grãos de trigo no quintal. Chamou a vaca, o porco, o pato e o cão, para ajudar a plantá-los. "Eu não", a vaca mugiu."Nem eu", grunhiu o porco."Deixa para lá", grasnou o pato."Tô fora!", latiu o cão.

A galinha, então, plantou o trigo, sozinha. Assim que estava próxima a colheita, voltou a convocar os amimais para colhê-lo. Teve as seguintes respostas:
"Não recebi treino para fazer estas coisas!" (vaca)
"Quem, eu? Trabalho me cansa!" (porco)
"Estou de férias" (pato)
"Serviço pesado não é comigo!" (cão)

Não houve jeito de convencer a bicharada a colaborar, de forma que a galinha teve que colher o trigo sozinha. Chegou a hora de assar o pão com o trigo colhido. "Quem vai me ajudar?", foi a pergunta da galinha, diante da qual obteve as seguintes evasivas:
"Estou no seguro desemprego, e por isso não preciso trabalhar" (vaca)
"Está muito quente, deixa isto para um dia mais frio!" (porco)
"Ei, você tem que me pagar hora extra, senão não faço!" (pato)
"Se eu trabalhar e aumentar minha renda, perco a bolsa-ração, eu preciso dela!" (cão)

Então a galinha assou o trigo e obteve 5 pães como resultado. Satisfeita, mostrou à bicharada. Todos exigiram uma parte, mas a galinha prontamente cacarejou: "Não!

Fiz todo o trabalho sozinha! Eu é que devo consumir estes pães, e não vocês!". Como resultado, recebeu vários impropérios, entre os quais:

"Sua verme burguesa!" (vaca)
"Exijo direitos iguais!" (porco)
"Que falta de solidariedade, sua ...!" (pato)
"Gananciosa, capitalista, exploradora! " (cão)

Houve alvoroço, protestos, discursos contra a atitude da galinha. Logo chega um funcionário do governo e exige da galinha os vários impostos sobre a produção do pão.

Diante de tamanha pressão, a galinha alegou que trabalhara sozinha, e que ninguém a ajudara, nem o governo, nem a bicharada, portanto, tinha direito a dispor do pão como bem entendesse.

O funcionário do governo chamou então a polícia e falou: "você se arriscou a produzir, pelas nossas leis, você deve pagar os impostos e os trabalhadores produtivos devem dividir os lucros com todos, para a paz e a justiça social".

Desta forma, 2 pães foram entregues ao governo, como pagamento de impostos, e os 3 pães que restaram foram divididos em fatias e distribuídos em partes entre a bicharada.

Todos comeram e se fartaram, achando muito justas as leis do país da tributação e da solidariedade. Porém, a bicharada não entendeu porque, nunca mais, a galinha voltou a fazer pão...

Para Meditar

Meditação Diária - 10 de maio de 2007.

Bom dia! Seja bem-vindo(a) a mais uma meditação diária! Que o Deus de toda graça esteja olhando agora para você com um olhar de todo contentamento e prazer por poder encontrar-se com você!
Eis, o mundo não é um mar de rosas e todos nós sabemos disto. Parece mais com um campo de batalha, não é não? Então, como toda batalha, a gente tem inimigos e a família, então, aí é que tem mesmo.
Principalmente, porque não há nada mais importante na terra, além do próprio ser humano, do que a família que Deus criou para que no seio dela o homem se desenvolva. Família é criação de Deus, pode crer aí viu?
Não é à toa que o Salmo 127 termina com uma possibilidade mais do que real: a de que, em algum tempo, haja inimigos para enfrentar à porta.
Mas, antes de falar disto, vamos orar porque o assunto de hoje é mais do que crucial, ok? “Senhor Deus, nada mais verdadeiro do que tua presença em nossa vida. Porém, o teu inimigo é também o nosso inimigo e a família é o alvo principal dele. Ajuda-nos a entender bem esta verdade, enquanto meditamos na tua Palavra. Em nome de Jesus, amém!”.
Há vários inimigos batendo à porta da família: novos conceitos de famílias que estão fora do padrão divino, valores sutilmente corrosivos que invadem o lar pelos meios de comunicação e pelos relacionamentos externos que mantemos, o consumismo, o stress cotidiano... enfim, todos são inimigos da família.
O que fazer? Fortalecer a porta e isolar-se do mundo já foi tentado, mas agora há outros meios de entrada e isto é inútil. Aprender a conviver e assimilar as mudanças é o mais comum, porém envolve riscos e perigos de influências muito fortes.
Veja que o texto diz que a relação de pais e de filhos é o que enche a família de armas para combater. Nada pode destruir a família se os relacionamentos forem saudáveis e frutíferos!
É da relação conjugal plena e da relação parental sadia que a família retira forças para resistir, expulsar e vitoriar sobre o inimigos e seus parceiros.
Então, o desafio é fortalecer os relacionamentos, porque na hora da batalha é o que prevalece. E não há como fortalecer sem diálogo sincero, sem mutualidade de amor, carinho e respeito. É preciso investir mais do que exigir o investimento do outro.
Tudo bem que é legal ter um Mês da Família, mas é também sinal de que algo está ruim e piorando, pois família não é algo para se pensar, refletir e celebrar apenas durante 30 dias. É algo para a vida toda!
Então, páre aí e pense comigo: se algo é tão importante que tudo o que sou e serei depende da saúde desta relação, vale ou não mais do que eu tenho oferecido? Será que minhas preferências valem mais do que meu investimento na família? Será que meu Jornal Nacional é mais valioso do que um bate-papo com meu filho de 6 anos? Será que um tempo na piscina com minha filha vale menos do que aquele trabalho que trago para terminar em casa?
Eu sei que você tem que trabalhar para prover, tem que se preocupar com isto ou aquilo etc e tal, mas isto é o mais importante? Quando o inimigo bater à porta, será o seu contracheque ou sua geladeira cheia de mantimentos que você usará para fazê-lo bater em retirada?
Tenha um bom dia e que Deus lhe abençoe à porta do seu lar.

Meditações - Igreja Presbiteriana de Tambaú
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Para Confiar

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor
Romanos 6:23

Para Pensar

O mundo nunca foi redimido pelo ódio.
Hermann Broch

Wednesday, May 09, 2007

De Tudo Ficam Três Coisas:

A certeza de estarmos sempre começando
A certeza de que é preciso continuar
E a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminarmos.

Fazer da interrupção um caminho novo,
Da queda um passo de dança,
Do medo uma escada,
Do sonho uma ponte,
Da procura um encontro.
Fernando Pessoa

Para Meditar

Meditação Diária - 9 de maio de 2007
E aí, dormiu bem? Espero que sim! E o dia, o que lhe reserva? E quem é que sabe, né? Por isso, o meu bom dia de hoje é diferente: “Bom dia e que seja o que for, glorifique a Deus e edifique sua vida. Em nome de Jesus. Amém!”
Oração esquisita, né? Mas, valeu pode ter certeza. Se você quiser pode ficar mais tempo aí em oração e quando acabar, então abra a Bíblia no Salmo 127:3-5. Não! É melhor ler logo o Salmo todo e é bem capaz de você acabar decorando, o que seria ótimo.
Mas o que a gente vai falar mesmo é sobre herança e a palavra-chave hoje é futuro. Então, tá pronto?
Não importa se você é pai ou mãe ou se vai ser pai ou mãe, a verdade é que quando pensamos em filhos, pensamos em futuro. Família não é só presente, mas também futuro. É claro que família começa com o casal, mas Deus a projetou para perpetuar a espécie humana, a não ser que, excepcionalmente, não haja condições de fazê-lo. Neste caso, a exceção – como sempre – confirma a regra.
Pois bem, quando pensamos em filhos, pensamos em futuro e quando pensamos em futuro, pensamos em herança, isto é, o que deixar para aqueles que ficarão aqui, quando daqui nós partirmos.
Bens? Sim, sempre será necessário começar com um bom empurrãozinho dos pais. Um bom nome? Ajuda bastante, porque nos dá confiança de lutarmos a mesma luta de quem nos legou um nome para honrar. Educação? Sem dúvida alguma, super importante em tempos de competição crescente.
Mas, acima de tudo, nossa herança não é o que deixamos para os nossos filhos, mas os filhos que deixamos para o mundo! Veja o que diz o texto: não fala de herança para os filhos, mas dos filhos como herança!
Então, a pergunta ideal seria: “Com que filhos eu vou presentear as futuras gerações?”. Novamente, o Senhor está por trás de tudo isto, porque o texto fala que os filhos, primeiramente, são herança do Senhor para nós. Eles são bem-vindos, sempre! Porque Deus é o doador da vida. Não há nascimento acidental, sob a ótica de um Deus soberano.
Dê uma olhadinha na sua família, agora. Há motivos para você se preocupar ou de você celebrar? Certamente, ambos, como todas as famílias, mas os filhos deste lar – seja você pai ou filho – são como flechas na mão do guerreiro, isto é, são prolongamentos daquilo que você tem como alvo e objetivos primordiais da sua vida?
Eu não estou falando de se realizar nos filhos, mas de sentir-se feliz porque, seja o que o filho ou a filha desejar ser, será como uma flecha apontada para o alvo que você já estabeleceu.
Vamos aproveitar agora e dedicar um tempo para orar pelos filhos deste lar? Você já conversou com seu filho sobre o futuro dele? Você ora de maneira específica pelo futuro cônjuge, ocupação etc. dele? Então, é hora de começar!

Meditações - Igreja Presbiteriana de Tambaú
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Para Confiar

Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Romanos 8:1

Para Pensar

O que se faz de grande, faz-se em silêncio.
Erik Geijer

Tuesday, May 08, 2007

Sensacional !!!!

Comentário de Max Gheringer - Rádio CBN. Falando sobre o mercado de trabalho.

'Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas às grandes questões sobre o mercado de trabalho. Aqui vai um pequeno resumo da entrevista com o famoso Reynold Remhn:


Primeira pergunta: Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?

Resposta: Quanto mais conhecimento conseguimos acumular, mais entendemos que ainda falta muito para aprendermos. É por isso que sofremos. Trabalhar em excesso é como perseguir o vento. A felicidade só existe para quem souber aproveitar agora os frutos do seu trabalho.


Segunda pergunta: O profissional do futuro será um individualista?

Resposta: Pelo contrário. O azar será de quem ficar sozinho, porque se cair, não terá ninguém para ajudá lo a levantar-se.


Terceira pergunta: Que conselho o Sr. dá aos jovens que estão entrando no mercado de trabalho?

Resposta: É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios vazios são como gravetos atirados em uma fogueira.


Quarta pergunta: E para os funcionários que tem Chefes centralizadores e perversos?

Resposta: Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por mais poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria respiração.


Última pergunta: O que é exatamente sucesso?

Resposta: É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando, ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.


Belas e sábias respostas. Eu só queria me desculpar pelo fato de que não existe nenhum Reynold Remhn. Eu o inventei.


Todas as respostas, embora extremamente atuais foram retiradas de um livro escrito a 2.300 anos: o ECLESIASTES, do Velho Testamento.

Mas, se eu digo isso logo no começo, muita gente, talvez, nem tivesse interesse em continuar ouvindo.


Max Gheringer para a CBN'.

Para Meditar

Olá, como vai? Que belo dia, hem? Será? Bem, na verdade, não importa, pois uma música já diz que “o que faz o meu dia ter cor é a beleza da tua companhia, não me importa o lugar, se comigo o Senhor está. Com muito ou pouco, sou feliz. Não importa o que está do lado de fora, és o meu tesouro e estás dentro de mim”.
E aí, podemos orar juntos neste sentido: Deus faça do meu dia uma caminhada contigo e tudo mais não importa!?
Ok! Então, a hora agora é de meditar na Palavra de Deus! Pronto? Então, leia aí o Salmo 127 de novo, especialmente o verso 2.
Coisinha boa, né? Imagina só: dormir e quando acordar, tá tudo bem feito e acabado!? Só que não é isso, não!
Leia direitinho e observe que novamente o contraste é entre o que é útil e o que é inútil, sendo este último “levantar de madrugada, repousar tarde...” e assim por diante, porque a provisão ele dá enquanto dormem, isto é, enquanto nada fazem por merecer.
Então, a palavra-chave hoje é mérito e decorre da de ontem, lembra ? Pois é mérito tem a ver com dependência!
Veja de novo que a pergunta que o verso levanta é: “Afinal de contas, quando eu como o pão que penosamente eu consigo, de quem é o mérito?”
Ora, qualquer humanista diria “o mérito é seu, claro!” e de visto pelo ângulo de quem trabalha, de fato é. Porém, quantas coisas acontecem “enquanto dormem”, isto é, quantas mexidas nos bastidores Deus providencia sem que eu sequer saiba e então, quando acordo, coisas que não controlo já estão nos seus devidos lugares!
Duvida? Ok! É direito seu! Por isso, diz-se que é aos seus amados que Ele dá, isto é, usufruem desta verdade do cuidado providencial de Deus aqueles que têm um relacionamento pessoal com Deus.
Não que Deus se negue a abençoar aqueles que não o reconhecem, mas que aqueles que o reconhecem recebem não somente a benção de Deus, como também a benção de reconhecer a benção de Deus, entendeu?
Ok! Agora dê uma olhadinha no seu lar e na sua casa, que são duas coisas diferentes e observe quantas coisas você conquistou e muito mais, quantas coisas você foi abençoado por Deus para conquistar. Estas últimas não são mais do que as primeiras?
Na verdade, não há esta divisão, pois tudo que você é e tem, foi mérito de Deus por ter lhe dado saúde, oportunidade, inteligência, capacidade, habilidades, persistência etc.,etc.
Tente compartilhar isto com sua família, levando principalmente àqueles que ainda não reconhecem esta verdade que todo o mérito é de Deus!
Até amanhã e Deus abençoe você e sua família.

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Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
João 8:32,36

Para Pensar

Se Deus não existe, tudo é permitido.
Fiodor Dostoievski

O Adversário

A Veja desta semana (09 de maio de 2007) traz a resenha de um livro recém-lançado de Emmanuel Carrère. É a história de um francês Jean-Claude Romand que vive uma vida dupla.

O ponto de partida deste comportamento patológico que culminou com o assassinato da sua mulher, dos seus pais e dos seus filhos acontece quando no segundo ano de medicina perde um dos exames finais e finge, a partir daí, que sua vida segue o rumo normal como se nada tivesse acontecido.

Ele inventa uma mentira que havia se formado, arrumado um emprego na OMS (Organização Mundial de Saúde) e assim por diante, mas tudo desmorona 15 anos depois quando aparecem problemas financeiros decorrentes de um estilo de vida alto demais para quem não tinha renda nenhuma e vivia dependendo da ajuda eventual de outras pessoas.

O grande valor pedagógico da obra reside, por um lado, na delimitação da fronteira entre a mitomania - patologia que torna a mentira em plena verdade para quem vive nela - e a simples desonestidade, comportamento ético indesejável e inaceitável.

Por outro lado, é também da sobreposição destes dois aspectos que a história extrai o título - O adversário - e o grande enigma: até que ponto as ações do ser humano são explicadas pela sua índole, pelo seu meio e pela influência espiritual maligna.

O resenhista encerra seu comentário fazendo uma alusão à expressão "adversário". Ele afirma que "não designa um oponente comum, mas o maior de todos... Um inimigo que Romand não quis, não pôde ou não soube combater".

A pergunta, então, é: a quem responsabilizar quando o mal toma conta das atitudes e dos comportamentos de alguém?

Basicamente, a Biblia ensina que a fonte primeira do mal é o adversário que veio para matar, roubar e destruir, mas responsabiliza o ser humano por seus atos, pois a influência maligna pode ser resistida e evitada.

Tentação não é pecado. O pecado do diabo nesta equação é nos tentar e induzir ao pecado. O pecado do ser humano é cometer os atos de pecado.

No caso do mitomano, que é uma doença, o quadro clínico não fica muito claro, se é de origem biológica - o que é muito improvável - ou de natureza psicoadaptativa, isto é, comportamento adquirido, a partir de relacionamentos deficientes em termos de isolamento familiar, inadequação social e sexual e assim por diante, o que acaba por distribuir a responsabilidade por outras pessoas além do indivíduo, mesmo que não exclua sua responsabilidade pessoal.

Em resumo - porque o espaço não permite longas digressões - ninguém deveria excluir a sua própria responsabilidade pessoal em qualquer momento de sua vida e dos fatos nela envolvidos. Na verdade, a melhor maneira de ser enganado e engolfado por um redemoinho existencial sem volta é assumir que a culpa é dos outros, a culpa é do diabo, a culpa é dos pais, a culpa é do governo, a culpa é de Deus...

Primeiramente, porque descobrir culpados é bem menos produtivo do que descobrir responsáveis, visto que a responsabilidade pelo equívoco coloca sobre o colo do indivíduo a libertadora responsabilidade do conserto, mesmo que careça - como de fato carece - de uma ação divina sobre ele.

Desta forma, se não há responsabilidade pessoal não há imputabilidade e como haverá solução, se não há problema? Como esperar de alguém que estenda a mão, se não acha que está perdido e precisando de ajuda?

Além disso, a culpa é imobilizante, porque produz a certeza do erro, mas não oferece a esperança da solução. A culpa é corrosiva porque interioriza a consciência do que se fez de errado, mas não permite a exaustão do erro, visto que forma um labirinto de onde não se tem saída.

Esperança há quando se constata que onde abundou o pecado, superabunda a graça de Deus, única saída que não despreza a responsabilidade do indivíduo, mas ao mesmo tempo lhe oferece a oportunidade de recomeçar.

Monday, May 07, 2007

Para Meditar

Meditações Diárias - 07 de maio de 2007
Olá, bom dia! O meu desejo e oração é que o Deus Todo-Poderoso esteja com você aí neste momento em que Ele marcou para lhe encontrar através destas Meditações Diárias.
Esta semana é especial! Na verdade, todos os dias são especiais quando vividos na presença de Deus, pois certamente pode usufruir destes momentos com Deus, por isso, lhe convido a falar com o Pai: “Senhor Deus, muito obrigado pela manhã deste dia em que renovas tua misericórdia sobre minha vida. Pai, eu não sei o que o dia me reserva. Se há coisas boas ou desagradáveis adiante, mas sei que tu estás comigo e isto me basta. Eu me entrego a ti para te conhecer, amar e servir ainda mais no dia de hoje. Em nome de Jesus. Amém!”.
Agora, abra ai sua Bíblia e leia comigo o Salmo 127. São apenas 5 versículos e acho que dá para ler novamente, não é? Ótimo! Você leu com atenção? Então, dê uma olhadinha no que diz o verso 1.
Percebeu os detalhes do que está escrito? Veja que há personagens neste verso: o Senhor, os que edificam a cidade e os que guardam a cidade. Aparentemente, o salmo quer comparar por contraste e semelhança o que Deus faz e o que o homem faz.
Mas, é mais do que isto! O Salmo nos convida a refletir que o nosso trabalho – seja ele qual for – será vão se não for precedido pelo trabalho do Senhor, mesmo naquelas tarefas básicas.
O que significa isto? Será que devemos esperar sem nada fazer até Deus começar a fazer algo e então, faremos a nossa “parte”? Ou ainda: não devemos fazer nada porque de nada adianta?
Bem, eu creio que a palavra-chave é dependência! Dependemos de Deus para tudo! E quando fazemos algo, na verdade, Deus nos capacita, nos dá sabedoria, instrução, habilidade etc. para fazer, entende?
Veja que é Deus trabalhando pela instrumentalidade do que fazemos. É como se fosse mais ou menos assim: “Para que o que você edifica não ser em vão, seja instrumento do que Deus edifica. Para que o que você guarda não seja em vão, seja instrumento do que Deus guarda”
Isto é verdade em todas as áreas da vida, mas especialmente numa: a família. A gente não compra relacionamento pronto ali no supermercado, ninguém se torna um bom marido ou esposa só porque casou com alguém, nenhum filho é bom filho porque você dá casa, comida e roupa lavada. Família se constrói, se edifica, se guarda. E neste caso, se você quer fazer a coisa sozinho, então é tudo em vão. Dependa de Deus!
Que tal conversar com sua família sobre as maneiras em que, teimosamente, vocês têm cada um vivido de si para si mesmo? Que tal conversar também como isto pode ser consertado, de modo que todo mundo dependa de Deus e seja dEle instrumento na vida do outro?
Bom, agora é entre vocês e Deus, ok? Até amanhã!

Para Confiar

Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e tua casa
Atos 16:31

Para Pensar

Religião em nosso tempo tem sido capturado por um ideário turístico: é uma visita a um lugar religiosamente interessante, a fim de se ter uma programação religiosamente interessante.
Eugene Peterson

Saturday, May 05, 2007

Deu na IstoÉ...

O marqueteiro dos católicos
Apoiado em teorias de marketing, o teólogo Antônio Kater ajuda a Igreja a se modernizar e a preservar fiéis. Parte da euforia que será constatadano Brasil pelo papa Bento XVI é fruto de seu trabalho
Na quarta-feira 9, quando o papa Bento XVI, chegar ao Brasil, vai encontrar uma Igreja Católica em transformação. Até então o Vaticano trabalhava com estimativas de que o catolicismo no País estava em decadência. Mas agora uma revolução movimenta templos católicos de norte a sul do País. Sem fazer alarde, padres, bispos e leigos tomam decisões radicais depois de reconhecerem que a Igreja trata mal seus fiéis. Para mudar essa situação, o prelado resolveu investir numa opção pouco ortodoxa aos católicos e muito comum ao mundo das grandes corporações: o marketing. A alma da mudança é tratar os fiéis não mais como meros devotos, e sim com o status reservado aos grandes consumidores. Assim como os bancos, as lojas ou as companhias aéreas tratam com qualidade seus fregueses, o clero resolveu “fidelizar” seus “fiéis”. Toda essa transformação se deu por obra e graça de um militante do Movimento da Renovação Carismática, o administrador de empresas Antônio Kater Filho, 58 anos.
Descendente de libanês, Kater, que é autor do livro O marketing aplicado à Igreja Católica, há 23 anos estuda o comportamento dos religiosos e seu rebanho. Foi justamente depois de ouvir, por acaso, uma pregação de um pastor pentecostal que Kater percebeu a eficiência do discurso das outras igrejas. “Enquanto os pastores falam com emoção, os padres falam para o vazio”, reconhece. Desde então, o marqueteiro resolveu peregrinar pelo País ensinando ao clérigo as técnicas do marketing. A estratégia deu certo. Na matemática dos católicos, nos últimos sete anos a Igreja Católica estabilizou o número de seus devotos em 73,89% da população brasileira.
Casado, pai de cinco filhos, Kater estudou teologia (“para falar de igual com os sacerdotes”) e fez mestrado na USP na área da comunicação. O marqueteiro, que foi professor do padre Marcelo Rossi, prega a eficiência do discurso. “Mesmo com todas as rádios, tevês e jornais a serviço da Igreja, não sabemos nos comunicar”, diz. Nas suas propostas, a homilia ganhou atenção especial. “O clero fala um ‘teologuês’ que ninguém entende.” Seu lema é decodificar as missas para uma linguagem simples e direta. Kater explica a seus alunos, por exemplo, que, se Jesus Cristo fosse vivo, ele não diria aos fiéis que “o reino de Deus é como um tesouro escondido”, e sim “o reino de Deus é como ganhar sozinho na loto”, diz. “É emoção.”
Entre as novidades implementadas, o termo confissão é trocado por reencontro. “Confissão é coisa de bandido”, associa. Para o estudioso, que fundou a Associação Brasileira de Marketing Católico (ABMC), é uma dádiva poder escutar o que aflige o fiel e como ele batalha contra as tentações do pecado. “As confidências são o feedback. Isso é pesquisa qualitativa”, diz. “O bom religioso é aquele que escuta a confissão, alimenta-se de informação e, como bom marqueteiro, explica como enfrentar as dificuldades.”
A idéia de Kater é reformar sem quebrar. Nessa linha, o secular dízimo, que há anos é tratado como esmola, não ficou de fora. Na versão business, a contribuição passou a ter o peso de um investimento financeiro. “A Igreja Católica é de todos nós, é nossa casa. Ela não é do pároco que a administra, temos que cuidar dos templos”, diz. Ele vai além: “Os padres não falam sobre o dízimo com a agressividade dos nossos irmãos evangélicos”, conta. Dentro do universo de 73,8% de católicos, apenas três em cada dez contribuem com doações às igrejas. Entre os pentecostais, que constituem 12,5% da população, 44% contribuem.
Na cruzada de Kater, os bancos de madeira são substituídos por confortáveis assentos. “O sofrimento da fé é coisa do passado”, lembra. “A pessoa fica duas horas sentada naqueles bancos duros e sai de lá com dor nas costas.” Outra intervenção é na acolhida dos fiéis que vão à missa. “Qualquer boa loja tem estacionamentos gratuitos, banheiros e até cafezinho. A Igreja Católica não oferece nada”, argumenta. Muitas das 120 dioceses orientadas por Kater já estão implementando seus pedidos. “Fé e conforto não são opostos”, garante. E diz mais: “A Igreja Católica tem mais de dois mil anos de história porque tem o melhor logotipo, a cruz; o melhor outdoor, as torres das igrejas, e o grande produto, a salvação.”
por Alan Rodrigues