Friday, May 25, 2007

Aqui está minha vida.
Esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento.

Cecilia Meirelles

2 comments:

Mythus said...

Eu sei que Cristo nos preenche. Mas, às vezes, pelos momentos que passamos, a tristeza torna-se bela apenas para por em exercício o lirismo, porque, na mais profunda íntima, a verdade que aflora é que esse sentimento de pequenez e o vazio também nos pesa.

Heliane said...

Cecília nos diz através de seus versos, muitas coisas que nosso ser almeja dizer!
Abraços
Heliane