Propositadamente, escrevo este post sem ter lido absolutamente nada sobre os resultados das eleições presidenciais 2006. Não queria ser contaminado pela opinião de outros, se é que isto é possível.
A minha impressão é que nem o medo, nem a esperança venceu nestas eleições. Os dois grandes sentimentos protagonistas da eleição 2002 estiveram fora do ideário subjetivo que perpassava os fatos políticos dos últimos meses.
Na cena política entraram outros atores-sentimentos: a raiva, a decepção, a frustração e outros afins. Confesso que em dado momento da minha vida pensei em filiar-me a um partido político, o PT. Ainda bem que não o fiz. Estaria dando explicações até hoje e especialmente nestes últimos meses.
A trajetória do presidente Lula é emblemática sob vários aspectos e isto tem sido exaustivamente comentado. A ascensão da sigla partidária que ajudou a construir também. São apenas 25 anos das portas de sindicatos para a entrada principal do Palácio do Planalto.
Contudo, ambos rapidamente aprenderam os maus hábitos de atores mais antigos no cenário político e destes maus hábitos derivaram todos os desmandos que vimos. O presidente é responsável sim por tudo o que aconteceu. Talvez não seja objetivamente culpado, mas é responsável, no mínimo, por negligência e omissão.
O que sinceramente desejo, embora não espero, é que desta vez haja um mínimo de respeito ao povo e de temor a Deus nos corações destes homens que estão instituídos com autoridade para governar.
Que se pense realmente no povo mais necessitado oferecendo-lhe o que mais necessitam (educação, saúde, emprego e oportunidades).
Sim. Isto vale também para o governado re-eleito da Paraíba que na campanha abusa de invocar o nome de Deus, mas nem sempre no dia-a-dia do governo faz jus ao Deus que invoca.
Que o Senhor Deus tenha misericórdia da nossa nação!
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