Um dos melhores jornalistas brasileiros - Gilberto Dimenstein - analisou a raiva do PT contra a mídia na edição de hoje da Folha de São Paulo. Ele disse:
"Não vou negar que algumas reportagens e mesmo veículos de comunicação cometeram erros e exageros. Mas, no geral, os jornalistas fizeram o que tinha mesmo de fazer: vasculhar e incomodar o poder. E o fato é que o PT deu sobras de motivos para ser vasculhado na questão ética e administrativa."
O que Dimenstein falou é exatamente o que dizia João Calvino acerca do mesmo papel exercido pela igreja: o de ser a consciência do Estado. A voz profética que "incomoda o poder" para usar a expressão do reformador de Genebra é exatamente o que tem faltado tanto a essa igreja "gospel" que dominou o país.
Em pleno dia 31 de outubro, dia da Reforma Protestante, é preciso perguntar "Os evangélicos ainda são protestantes e portanto, ainda são a voz profética do Estado?"
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