Monday, May 05, 2008

E quando se pensou que já se tinha visto o pior...


Depois da tragédia de João Hélio há algum tempo atrás – quanto mesmo? – e do mais recente caso da menina Isabele, todos pensavam que o pior da natureza humana já tinha sido visto. Lêdo engano!
Eis que vem da distante e fria Áustria mais um conto de horror na tradição da garota Kampusche também seqüestrada por longos anos e recentemente libertada. Agora é o caso do “monstro do porão” como está sendo chamado o Dr. Fritzl da pequena Hamestaad.
Pelo visto, horror não respeita latitude, nem longitude. PIB ou grau de civilidade também pouco importa. Se nada parece fornecer explicação, surge a pergunta inquietante: o que se esconde nos recônditos da alma humana que, de repente, aflora enlameando qualquer bondade aparente?
Ecce homo é fissurado em metades. Uma feita à imagem e semelhança de Deus respira bondade, santidade, pureza e justiça. A outra caída em pecado pensa, fala e age movida pelos mais primitivos, egoístas e vãos motivos.
Alguém já as comparou a dois cães a quem o dono alimenta mais a quem mais quer dar força e longevidade. Saulo de Tarso pôs em outros termos:
“Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer.Pelo contrário, faço justamente aquilo que detesto. Se faço o que não quero, isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo. E isso mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo.Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz mas o pecado que vive em mim é que faz. Assim eu sei que o que acontece comigo é que quando quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau.Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo. Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte?”
A conclusão de Paulo é que “Que Deus seja louvado, pois ele fará isso por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!”
O que muitos chamam de conversão como um fato isolado e passado, eu chamo de transformação, um processo diário e contínuo em que os “monstros” da nossa natureza caída são mortificados pela cruz de Cristo, de onde brota o fruto do Espírito Santo!
Com carinho
Pastor Robinson